Ibovespa bate os 134 mil pontos após recorde; dólar tem leve alta
Na véspera, o principal índice da bolsa de valores avançou 0,59%, aos 133.533 pontos. Já a moeda norte-americana recuou 0,79%, cotada a R$ 4,8220. Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo.
Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (26), acima dos 134 mil pontos, após atingir um novo recorde na véspera.
Nesta semana — a última do ano e com menor volume de negócios —, o mercado ainda aguarda algumas divulgações importantes, com destaque para dados de inflação e emprego no Brasil e da atividade econômica nos Estados Unidos.
No mesmo cenário, o dólar opera em leve alta, na casa dos R$ 4,82.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
Às 14h50, o dólar operava em alta de 0,03%, cotado a R$ 4,8234. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,79%, cotado a R$ 4,8220, menor patamar desde 2 de agosto.
Com o resultado, passou a acumular quedas de:
1,90% no mês;
8,64% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,41%, aos 134.076 pontos. Na máxima do dia, chegou a 134.193 pontos.
Na véspera, o índice fechou com alta de 0,59%, aos 133.533 pontos, maior patamar de fechamento da história.
Com o resultado, passou a acumular ganhos de:
4,87% no mês;
21,69% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Com agenda esvaziada, o mercado aguarda um pronunciamento do ministro Fernando Haddad, que promete anunciar nos próximos dias medidas para a economia em 2024. A equipe econômica do governo busca formas de aumentar a arrecadação e, assim, conseguir zerar o déficit fiscal em 2024, como está previsto no Orçamento.
Questionado por jornalistas neste terça-feira sobre quais serão, o ministro não quis adiantar. Mas disse que as propostas vão passar pela Casa Civil, pela análise do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e devem ser apresentadas à população ainda este ano.
O ministro da Fazenda também comemorou alguns resultados da economia no primeiro ano do governo e disse que ainda há “um caminho pela frente”.
“Nós vamos terminando o ano com bons indicadores em todas as partes. Emprego, inflação, câmbio, juro, tudo convergindo para o patamar que nós desejamos. Isso é fruto de um trabalho, tem que ter continuidade. Como é que se dá continuidade ao trabalho? Com transparência, capacidade de diálogo, capacidade de articulação”, afirmou Haddad.
A principal notícia do dia na economia é de que o salário mínimo nacional será de R$ 1.412 a partir de 1º de janeiro de 2024 – R$ 92 a mais que os R$ 1.320 em vigor atualmente.
O cálculo tinha sido antecipado pelo g1 e inserido como previsão no Orçamento de 2024. Segundo o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o decreto assinado antes de viajar para o recesso de fim de ano.
Não há data marcada para a publicação do documento, que pode acontecer até o próximo domingo (31). Quem recebe o salário mínimo (ou múltiplos dele) ou benefícios vinculados a esse valor, como o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), já recebe o total reajustado no início de fevereiro.
Ao longo da semana, outros indicadores serão divulgados e podem mexer com os ânimos do mercado, principalmente o IPCA-15 e o desemprego de novembro por aqui, e os pedidos de seguro-desemprego e vendas de moradias nos Estados Unidos.
Nos EUA, inclusive, os principais índices de Wall Street subiam nesta quarta-feira, com o S&P 500 se aproximando de uma máxima histórica devido às perspectivas de cortes nos juros pelo Federal Reserve.
O índice de referência está próximo de quebrar seu recorde de fechamento atingido em janeiro de 2022 e está a caminho de registrar seu maior ganho trimestral em três anos.
“Tradicionalmente, entre o Natal e o Ano Novo não há muita atividade, mas noto que uma emoção dominante de otimismo parece estar presente nesta semana”, disse Peter Andersen, fundador da Andersen Capital Management, à agência Reuters.
“Acredito que o Fed não aumentará os juros em 2024 e que a economia continuará a mostrar um pouso suave bem-sucedido. Isso deve fornecer uma base sólida para uma recuperação contínua em 2024.”
As apostas dos operadores de que o Fed fará um corte na taxa de juros em março estão atualmente em 84%, contra cerca de 21% no final de novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
Fonte: G1