Por causa da gripe aviária, SC mantém suspensão de eventos com aglomeração de aves
Decisão está de acordo com portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária. Objetivo é evitar que doença de espalhe após 21 casos confirmados em 2023, nenhum deles em aves comerciais. Feira de aves em 2014
Victor Schneider/Divulgação
Por causa da gripe aviária, Santa Catarina decidiu manter a suspensão de eventos agropecuários que tenham aglomeração de aves. A determinação integra nota da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicada na quarta-feira (10).
Eventos do tipo já estavam suspensos desde o final de fevereiro do ano passado e a continuidade da proibição está de acordo com portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Desde 2023, Santa Catarina confirmou 21 focos da doença, sendo 19 em aves silvestres e um em ave de subsistência, conforme dados da Cidasc.
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Desde maio, o Governo Federal decretou emergência zoosanitária, que foi prorrogada por mais 180 dias em 7 de dezembro.
A Cidasc destacou que os aviários comerciais catarinenses não registraram casos da doença, mas o vírus pode estar circulando entre aves silvestres.
A decisão de manter os eventos suspensos também está de acordo com posicionamento do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária Sul (Fonesa Sul), colegiado que reúne os órgãos de defesa agropecuária dos três estados do Sul do Brasil.
Além de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul adotaram a medida. Por se tratar de região em que a avicultura tem importante peso econômico, os técnicos da Cidasc consideram necessário manter suspensos os eventos com aglomeração de aves para evitar risco de disseminação da doença.
A restrição deve ser mantida enquanto o país estiver em estado de emergência devido à gripe aviária.
Notificação de casos suspeitos
A Cidasc recomenda que os produtores rurais, os médicos veterinários e a população em geral notifiquem os casos suspeitos da gripe aviária.
São considerados sinais da doença em aves:
dificuldade para respirar;
secreção ocular;
andar cambaleante;
animais girando no próprio eixo;
alta e súbita mortalidade dos animais.
A comunicação pode ser realizada utilizando o sistema e-Sisbravet no link: bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, ou ainda, diretamente em um escritório local da Cidasc.
A Cidasc enfatiza aos catarinenses que o consumo de ovos e de carne de aves não oferece risco de transmissão da influenza aviária à população e que aves com sinais clínicos não devem ser manipuladas sem os devidos cuidados e uso e equipamentos de proteção individual.
O que é a H5N1?
O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. É menos comum em mamíferos e em humanos.
A Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China.
Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave):
Baixa Patogenicidade: atinge as aves de forma mais branda e, muitas vezes, de forma assintomática. A taxa de mortalidade das aves, neste caso, é baixa;
Alta Patogenicidade: a doença se manifesta de forma mais grave, é disseminada rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais.
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Fonte: G1