Detento é encontrado morto em 'posição de velório' em cela do CDP de Pacaembu; três presos respondem por homicídio qualificado
Vítima teria partido para cima de um dos suspeito com uma lâmina, conforme um dos envolvidos. Preso foi assassinado em cela do Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pacaembu (SP)
Governo do Estado/Divulgação
Um homem preso, de 39 anos, foi assassinado por outros três detentos dentro de uma cela do Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pacaembu (SP).
Segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Lozano, o crime aconteceu na noite de domingo (28), mas o corpo foi encontrado pelos policiais penais nesta segunda-feira (29), durante o procedimento de rotina de contagem.
O corpo da vítima estava estirado no chão da cela, com as mãos entrelaçadas sobre o peito em “posição de velório”, com diversos hematomas no peito e no rosto, segundo a descrição feita por um agente penitenciário no Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia da Polícia Civil.
Três homens que compartilhavam a cela com a vítima confessaram o crime para os agentes.
Em depoimento à Polícia Civil, um dos suspeitos informou que deitou para dormir e a vítima partiu para cima dele com uma lâmina e tentou cortar seu pescoço, momento em que ele conseguiu desviar do golpe, mas a lâmina acertou o peito.
Dois companheiros de cela que estavam acordados teriam presenciado a agressão e foram ajudá-lo a se defender. O suspeito contou que a partir disso não se recorda muito bem dos fatos pois havia ingerido uma forte medicação, mas que lembra de desferir alguns socos na vítima com os outros detentos.
Em seguida, deitou para dormir e pela manhã notou que o homem estava morto.
Os outros dois detentos não quiseram se manifestar sobre o ocorrido na Delegacia de Polícia Civil.
O homem que confessou está preso na unidade há cinco anos, onde cumpre pena de 40 anos por duplo homicídio. Já os outros suspeitos respondem por latrocínio, roubo, porte ilegal de arma e tráfico de drogas.
Conforme o delegado, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Adamantina (SP) e um exame pericial da cena do crime foi solicitado.
Um inquérito civil foi instaurado.
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Fonte: G1