Mapa interativo ajuda a localizar pontos de atendimento às vítimas de animais peçonhentos; entenda
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde apontou Araçatuba e São José do Rio Preto (SP) como as cidades que mais registraram acidentes com animais peçonhentos em 2023. Mapa interativo do governo de São Paulo mostra os municípios onde ocorrem as maiores incidências de ataques de animais peçonhentos no estado de SP.
Reprodução
Com o objetivo de facilitar a localização de pontos de atendimento para vítimas de animais peçonhentos, a Secretaria de Estado da Saúde lançou um mapa interativo que fornece informações de emergência.
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Além de contribuir com a divulgação dos locais de distribuição de soro após ataques de escorpião, aranha, serpente e lagarta, a ferramenta conta com informações importantes para que a vítima receba o tratamento adequado o mais rápido possível.
São 220 pontos de atendimento espalhados pelo estado de São Paulo, que em 2023 registrou 70,8 mil acidentes com animais peçonhentos e 23 mortes.
Confira abaixo a lista de cidades com mais ocorrências:
Araçatuba – 7.340 casos
São José do Rio Preto – 6.753 casos
Ribeirão Preto – 4.174 casos
Acidentes com escorpiões foram os mais registrados até 16 de janeiro de 2024
Antonio Bordignon/iNaturalist/Arquivo
“Fatores como o aumento da urbanização, desmatamento, turismo ecológico e alterações climáticas podem estar relacionados ao crescimento de casos. O aumento da oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que por sua vez possibilita aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano”, explica a médica veterinária do Centro de Vigilância Epidemiológica, Gisele Freitas.
De acordo com a Divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), até 16 de janeiro deste ano, foram registrados 472 casos no estado, sendo 317 envolvendo escorpiões e os demais por animais como aranha-marrom, aranha-armadeira e serpentes.
“Neste período do ano, há condições climáticas propícias para a reprodução dos animais, uma vez que altas temperaturas e precipitações favorecem condições ambientais e maior disponibilidade de alimentos”, afirma a médica veterinária.
A ferramenta que possibilita a localização de atendimento às vítimas de animais peçonhentos pode ser acessada gratuitamente pela internet.
Veja as orientações para prevenir os acidentes:
Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
Examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
Não acumular entulhos e materiais de construção;
Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
Vedar ralos, frestas e buracos em muros, paredes, assoalhos, forros e rodapés;
Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade;
Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local para a remoção.
O que fazer em caso de acidente?
Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento adequado em tempo;
Lavar o local da picada com água e sabão;
Não fazer torniquete ou garrote;
Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida;
Não aplicar folhas, pó de café ou terra (pode provocar infecções);
Não ingerir bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
Se não oferecer risco, acondicionar o animal em frasco tampado ou fotografá-lo para facilitar a identificação e tratamento adequado.
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Fonte: G1