Dólar opera em queda nesta sexta-feira, dia de agenda vazia antes do Carnaval




Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,54%, cotada a R$ 4,9946. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 1,33%, aos 128.217 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (9), em dia de agenda esvaziada às vésperas do feriado de Carnaval. No exterior, também sem grandes indicadores, analistas estão de olho nas perspectivas para os juros norte-americanos.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 9h30, o dólar caía 0,13%, cotado a R$ 4,9881. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,54%, cotada a R$ 4,9946.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,53% na semana;
ganho de 1,16% no mês;
avanço de 2,93% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa opera apenas a partir das 10h.
Na véspera, o índice encerrou com uma queda de 1,33%, aos 128.217 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,76% na semana;
avanço de 0,31% no mês;
e queda de 4,50% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Investidores ainda avaliam o destaque de quinta-feira (8), que foi o resultado acima do esperado do IPCA brasileiro, considerado a inflação oficial do país. Com isso, o país tem um IPCA acumulada de 4,51% em 12 meses.
O indicador registrou uma alta de 0,42% em janeiro deste ano, bem acima do consenso de mercado, que esperava aumento de 0,35% dos preços em janeiro. No acumulado, era esperada uma alta de 4,43%.
“Consideramos que os resultados de janeiro apresentaram outra deterioração na dinâmica da inflação na margem. Como escrevemos em nossos últimos relatórios, o atual processo de desinflação reflete um choque positivo de oferta, devido a fatores externos e eventos não cíclicos. No entanto, a inflação de serviços segue preocupante”, diz relatório da XP Investimentos.
A instituição projeta a inflação na casa de 3,7% ao final de 2024.
O g1 ouviu economistas para entender a dinâmica dos preços de alimentos, que foram os destaques da divulgação do IBGE de ontem. Apesar do arranque de produtos in natura, especialistas entendem que o efeito é passageiro, levando de volta a preocupação para os serviços.
São dois pontos a considerar:
O preço dos alimentos sofre de um efeito sazonal: no verão, alimentos in natura têm queda natural de oferta, o que empurra os preços para cima.
O El Niño intensificou as variações climáticas e criou dificuldades de colheita, trazendo um prejuízo extra aos preços.
Já o núcleo de serviços subjacentes, aquele que indica melhor a tendência do setor e exclui medidas mais voláteis, teve alta de 0,76% em janeiro — a maior surpresa de todas as aberturas do IPCA na opinião dos especialistas.
A intensidade desse efeito, porém, ainda é incerta. Já na repercussão do resultado de ontem, economistas classificavam o número dos serviços subjacentes como uma espécie de “alerta amarelo”. Saiba mais aqui.
Na agenda de indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). As expectativas de mercado projetavam alta de 0,8% no mês, e queda interanual de 1,9%.
Nos Estados Unidos, a quinta-feira foi marcada por falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O presidente da distrital do Fed em Richmond, Thomas Barkin, afirmou que os dados econômicos norte-americanos “têm sido notáveis em todos os aspectos”, mas reforçou cautela.
“Sempre sou cauteloso em relação aos números na virada do ano, pois há grandes ajustes sazonais… Não tenho certeza se vou tirar muito proveito de um único mês”, afirmou em entrevista à TV Bloomberg.
Nesta sexta-feira, o mercado aguarda os números da revisão da série de inflação ao consumidor, para reforçar as pistas da condução dos juros americanos.




Fonte: G1

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