Cidades do centro-oeste paulista atingem quase 100% em acesso ao saneamento básico, aponta Censo




Bauru, Botucatu, Marília e Ourinhos (SP), quatro das principais cidades do centro-oeste paulista, se destacaram no ranking e figuram entre as melhores cidades do país nos dois quesitos. Em Bauru, todo o esgoto, que antes era despejado no Rio Bauru, passou a ser coletado, porém ainda não é totalmente tratado
TV TEM/Reprodução
Novos dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram os índices de acesso ao saneamento básico e à coleta de lixo nos municípios do Brasil.
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Bauru, Botucatu, Marília e Ourinhos (SP), quatro das principais cidades do centro-oeste paulista, se destacaram no ranking e figuram entre as melhores cidades do país nos dois quesitos. De acordo com o IBGE, os municípios beiram os 100% em todos os itens estudados pelo Censo, que ainda incluíram moradores com banheiros e com abastecimento adequado de água.
Apesar dos bons números na coleta de esgoto, menos de 5% do esgoto de Bauru é tratado. Para lidar com o problema, o município deu início, em 2015, à construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vargem Limpa.
No entanto, a obra está paralisada desde setembro de 2021, quando a prefeitura anunciou o rompimento do contrato entre o município e a COM Engenharia, apontando uma série de erros na execução da obra.
A Câmara de Vereadores de Bauru discute um projeto de lei de concessão do tratamento de esgoto da cidade, que teria como uma das contrapartidas para a empresa vencedora a finalização da estação.
Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de SP (TCE-SP) apontou a construção da ETE Vargem Limpa como a obra municipal paralisada mais cara do estado de SP.
Até outubro de 2023, foram desembolsados mais de R$ 105,1 milhões do poder público. De acordo com o TCE-SP, no início da obra da ETE Vargem Limpa, em 2015, a previsão era de que fossem gastos R$ 129,2 milhões para a entrega da estação, que deveria ter ocorrido em 2016.
Bauru
99,68% dos moradores tem abastecimento adequado de água
98,15% dos moradores tem coleta de esgoto
99,93% dos moradores com banheiros
99,38% dos moradores tem coleta de lixo
Marília
99,93% dos moradores tem abastecimento adequado de água
98,5% dos moradores tem coleta de esgoto
99,96% dos moradores com banheiros
99,4% dos moradores tem coleta de lixo
Ourinhos
99,95% dos moradores tem abastecimento adequado de água
99,25% dos moradores tem coleta de esgoto
99,97% dos moradores com banheiros
99,6% dos moradores tem coleta de lixo
Botucatu
99,93% dos moradores tem abastecimento adequado de água
98,26% dos moradores tem coleta de esgoto
99,98% dos moradores com banheiros
99,37% dos moradores tem coleta de lixo
De acordo com o IBGE, é considerado descarte adequado o esgoto que vai para as redes públicas de coleta (geral ou pluvial) ou para fossas sépticas ou com filtro, ainda que depois de passar por esses equipamentos não seja destinado para essas redes. (Veja a cobertura na sua cidade).
As outras formas – uso de fossa rudimentar ou buraco, descarte direto em rios ou no mar, por exemplo, são consideradas inadequadas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico.
O banheiro (cômodo com vaso sanitário e instalações para banho) que, no cotidiano, era utilizado apenas pelos moradores dos domicílios e seus hóspedes foi classificado como “de uso exclusivo” pela pesquisa.
Em Bauru, Marília e Ourinhos, o saneamento básico e o abastecimento de água são realizados por autarquias municipais. Já em Botucatu, os serviços são administrados pela Sabesp desde a década de 70.
Tipos de esgoto nos domicílios em 2022.
Luisa Rivas/g1
No país
A região Sudeste (86,2%) foi a que apresentou a maior parcela da população morando em domicílios com coleta de esgoto. No sentido oposto, a região Norte (22,8%) mostrou a menor taxa nesse indicador. Entre as unidades da federação, os destaques no lado positivo e no negativo foram, respectivamente, São Paulo (90,8%) e Amapá (11,0%).
O estado de São Paulo (99%) teve o maior percentual de população atendida por coleta de lixo, enquanto Maranhão (69,8%) registrou a menor. O Maranhão foi o estado que mais expandiu a cobertura da coleta de lixo (16,3 pontos percentuais) entre 2010 e 2022.
As informações foram publicadas nesta sexta-feira pelo IBGE na divulgação “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo”.
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Fonte: G1

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