'Novo lar': zoo de Bauru recebe espécies de primatas em extinção; saiba mais sobre os recém-chegados




Nascidos e criados no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (RJ), sauim-de-coleira e sagui-da-serra-escuro foram transportados de avião até o aeroporto de Guarulhos (SP), antes de desembarcarem em Bauru. Novas espécies de primatas passam a abrigar o zoo de Bauru
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O zoológico de Bauru (SP) recebeu nesta semana dois animais de espécies ameaçadas de extinção: um sauim-de-coleira e um sagui-da-serra-escuro.
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Nascidos e criados no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (RJ), os dois primatas foram levados para o aeroporto de Guarulhos (SP) e, depois, para o Parque Zoológico Municipal de Bauru.
Eles foram transportados gratuitamente pelo avião solidário da Latam. O objetivo da ação é apoiar a conservação das espécies no Brasil.
O transporte aéreo, em parceria com a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab), foi 50% mais rápido do que se o deslocamento fosse feito exclusivamente por via terrestre.
Eles foram transportados por um avião que saiu do aeroporto Santos Dumont, no RJ, até o aeroporto de Guarulhos, o que reduziu de 10 horas para cinco horas a viagem. O restante do caminho foi percorrido via terrestre.
Os macacos viverão no parque Zoo de Bauru. Não foi informada a data para eles estarem expostos ao público.
Animais saíram do Rio de Janeiro com direção a Bauru, no interior de SP
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Sauim-de-coleira
Símbolo de Manaus (AM), o sauim-de-coleira é uma espécie de primata endêmica da floresta amazônica brasileira, encontrado apenas no estado do Amazonas, mais especificamente nas cidades de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara.
A expansão dessas cidades e a ocupação das áreas rurais têm causado a perda e fragmentação das florestas onde os sauins vivem. Isso tem gerado um acentuado declínio na população da espécie, ameaçando a sua existência.
Gestação é de no máximo 152 dias e primata vive de 10 a 15 anos
Heloísa Casonato/g1
Além disso, a proximidade com os seres humanos traz outras ameaças, como a predação por cães e acidentes, por exemplo.
A espécie apresenta unhas em forma de garras, que facilitam o deslocamento vertical pelos troncos e a captura de insetos ou pequenos vertebrados em frestas na vegetação.
Em todo o Brasil, existem esforços para a conservação dos sauins-de-coleira, que é a única espécie de primata brasileiro que possui um plano nacional de conservação somente para ele: o Plano de Ação Nacional para Conservação do Sauim-de-coleira.
Sagui-da-serra-escuro
Os filhotes são de sagui-da-serra-escuro, conhecido popularmente como sagui-caveirinha, espécie de primata da família Callitrichida, ameaçada de extinção.
Espécie rara de sagui conta com habitat restrito à Mata Atlântica da região sudeste
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Com um habitat restrito à Mata Atlântica da região sudeste, principalmente em áreas florestadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os saguis vivem em grupos, em média, de dois a 11 indivíduos. Por seu alto consumo de frutos, a espécie tem um papel fundamental na dispersão de sementes nas áreas onde vivem.
Espécie endêmica da Mata Atlântica, a perda da cobertura original e a fragmentação do habitat natural estão entre as principais ameaças aos sagui-da-serra-escuro.
Outra ameaça relevante é a competição por recursos e o risco de hibridização (mistura entre as diferentes espécies), podendo resultar no apagamento genético.
O cenário atual colocou o sagui-da-serra-escuro como em perigo de extinção (EN) na Lista Oficial das Espécies Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente (2022).
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Fonte: G1

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