Lula age para reposicionar a própria imagem depois de abalo na aprovação do governo




Lula aciona ministros e adota estratégias de olho na popularidade
Depois de pesquisas mostrarem queda na aprovação do governo e na confiança no presidente Lula, o Palácio do Planalto colocou em ação um plano para reposicionar imagem do presidente e para divulgar mais notícias boas do governo.
Além da área de comunicação do próprio governo, o novo plano mobilizou o marqueteiro da campanha de lula em 2022, Sidônio Palmeira, que chegou em Brasília para reuniões de dois dias com o presidente e sua equipe.
As mudanças já são visíveis. Lula postou um vídeo nesta terça-feira fazendo uma corrida leve — que atingiu 10 milhões de visualizações, a maior audiência de um mesmo material do presidente no ano. Nesta quarta, madrugou para tirar uma foto dando comida aos peixes no Alvorada.
Presidente Lula publicou foto e vídeo correndo no Palácio do Alvorada
Ricardo Stuckert/PR
A ideia é o presidente estar mais à vontade, de camiseta, fugindo do terno, fazendo atividades comuns. Uma conexão que lembra o episódio de janeiro de 2010 em que Lula, numa praia da Bahia, decidiu carregar o isopor de bebidas na cabeça.
O registro foi considerado um sucesso por gerar empatia com pessoas de mais baixa renda. No final daquele ano, o último do seu segundo governo, a aprovação de Lula atingiu 87%.
Evitando brigas
O reposicionamento é do governo também. Depois da reunião ministerial desta segunda-feira, ministros estão dando mais declarações e entrevistas para divulgar feitos do governo.
Também está saindo do forno na Secretaria de Comunicação a contratação, via licitação, de uma empresa para mergulhar nas redes sociais do governo, para ações estratégicas.
Outra frente de atuação com mudanças é a relação com o público de centro e da direita. A ideia é reforçar a aliança democrática que elegeu Lula.
O governo também não vai mais comprar brigas em temas caros à esquerda. Decidiu, por exemplo, não interferir, com a liberação das bancadas, na votação sobre a saidinha de presos.
Deputados e senadores aprovam o fim da saída temporária de presos em feriados
O Planalto também vai evitar se envolver no andamento da PEC das Drogas, que avança no Senado, e fez ainda um acordo com a bancada evangélica em torno da PEC da imunidade tributária dos templos.
A expectativa é que, em um ano de eleição, o governo não dê munição para a oposição ideológica, que usa os temas para enfraquecer a figura do presidente e sua gestão.




Fonte: G1

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