Tesla pretende cortar mais de 10% de seus funcionários




Último relatório anual da empresa de Elon Musk mostra que companhia tem cerca de 140 mil empregados, o que significaria ao menos 14 mil demissões. Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), da SpaceX e da Tesla
Reuters/Tingshu Wang
A Tesla planeja cortar “mais de 10%” de sua força de trabalho em todo o mundo, de acordo com o site de notícias Electrek, que publicou nesta segunda-feira (15) um e-mail do fundador do grupo, Elon Musk, anunciando a medida.
Os cortes de empregos foram necessários após o “rápido crescimento” que levou à duplicação de funções, destacou Musk no e-mail aos funcionários, de acordo com o Electrek, um site focado em veículos elétricos.
“Não há nada que eu odeie mais, mas tenho que fazer isso”, declarou. “Realizamos uma análise profunda e tomamos a decisão de reduzir nossos efetivos em mais de 10% a nível mundial”, acrescentou.
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Em seu último relatório anual, a Tesla indicou que no final de dezembro tinha cerca de 140 mil empregados, o que significaria ao menos 14 mil demissões. A Tesla não respondeu aos pedidos de comentários da AFP.
O anúncio acontece quase 10 dias depois de a empresa informar uma diminuição nas entregas de automóveis no primeiro trimestre, em um relatório que decepcionou investidores.
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A companhia de Musk também determinou uma série de reduções nos preços dos veículos elétricos em resposta à crescente concorrência e ao baixo crescimento da demanda em alguns mercados.
No final do ano passado, a Tesla iniciou as entregas do Cybertruck, um veículo inspirado na era espacial que Musk promoveu, ao mesmo tempo que alertou que sua produção levaria tempo para atingir rentabilidade.
A Tesla perdeu o primeiro lugar mundial no mercado de veículos elétricos para a chinesa BYD no último trimestre de 2023.
Além disso, a fabricante, que desde o seu início visava veículos de alto padrão, sofre com a concorrência dos carros chineses a preços muito baixos.
No primeiro trimestre de 2024, entregou muito menos veículos do que o esperado e sua produção caiu 1,6% na comparação anual.
“As entregas do primeiro trimestre foram um pesadelo, com a demanda chinesa e global por veículos elétricos caindo” drasticamente, estimaram analistas da Wedbush Securities.
Nesta segunda-feira (15), o vice-presidente sênior da Tesla, Drew Baglino, anunciou sua saída do grupo na rede X, propriedade de Musk. Era um dos rostos mais conhecidos do grupo, onde trabalhou por 18 anos.
Segundo a Bloomberg, outro vice-presidente, Rohan Patel, também deixará a empresa.
Até 11h35 (horário de Brasília), a Tesla perdia 2,88% na bolsa de Nova York.




Fonte: G1

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