Técnicos foram à cidade para avaliar, junto à Prefeitura e Defesa Civil, se imóveis vizinhos terão que ser desapropriados para garantir segurança da população. Buraco, chamado de voçoroca, já pode ser visto em imagens de satélite. Erosão avança e ameaça zona urbana de Lupércio
Técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Governo do Estado de SP, foram até Lupércio (SP) nesta quarta-feira (24) para vistoriar a cratera, também chamada de voçoroca, que está avançando sobre a cidade.
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A cratera tem aproximadamente 300 metros de comprimento, 25 metros de largura e 15 metros de profundidade em seu maior ponto.
Cratera tem chamado atenção de moradores de Lupércio, no interior de SP
Arquivo Pessoal/Google Street View/Reprodução
A visita do IPT também ajudará a Prefeitura e a Defesa Civil a avaliar se áreas residenciais precisarão ser desapropriadas para garantir a segurança da população.
A preocupação dos moradores é o fato de a erosão avançar em direção à avenida Santo Inácio, principal via da cidade, e à rua Adamastor Ferreira da Costa, local de área residencial. Na última apuração feita pelo g1, a erosão estava há apenas 5 metros da primeira rua da área urbana.
Erosão em Lupércio (SP) avança em direção a zona urbana
g1/Arte
Uma das possíveis causas para o surgimento da cratera seria um problema decorrente de danos em uma galeria de águas pluviais. Segundo a Secretaria de Obras da cidade, o custo estimado para a obra de recuperação do local é de cerca de R$ 3 milhões.
A área onde a cratera se formou é de propriedade privada e é utilizada para atividades agrícolas. A prefeitura afirma ainda que trabalha na possibilidade desapropriação da área para que se possa avaliar melhor os riscos e tomar maiores providências
Funcionários da prefeitura isolaram a área onde erosão avança em direção às casas, em Lupércio (SP)
Gustavo Luz/TV TEM
Na terça-feira (23), o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil se reuniu com o prefeito de Lupércio na sede da Defesa Civil do Estado para falar sobre a situação da voçoroca na cidade.
Segundo a Defesa Civil, foi discutida a urgência da regularização da área para que o governo possa iniciar as intervenções necessárias através da defesa civil.
A prefeitura já tomou medidas proativas ao solicitar a desapropriação dos proprietários e uma liminar para a posse precária do local, no entanto, a execução das obras públicas está condicionada à autorização judicial da posse.
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Fonte: G1