Brasil deixa de ter a maior taxa de juros reais do mundo após novo corte da Selic; veja ranking
País tinha retornado à primeira colocação em novembro, mas agora foi superado pelo México, mostra levantamento do MoneYou. A Argentina, que enfrenta uma inflação altíssima, ocupa a última posição. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira
O Brasil deixou de ter a maior taxa de juros reais do mundo nesta quarta-feira (13), após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar um novo corte da taxa básica, de 0,50 ponto percentual (p.p.).
Segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 6,11%, garantindo a segunda colocação no ranking. O novo líder é o México, com taxa real de 6,58%.
Na última divulgação, em 1º de novembro, o Brasil tinha voltado ao topo da lista, após também cair para a segunda posição no mês de setembro.
O juro real é formado pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
um anunciou m da taxa básica de juros, de 0,50 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 12,25% ao ano.
A Argentina ficou na ponta oposta do ranking. Apesar de ter as taxas nominais mais altas da lista, de 133% ao ano (veja mais abaixo), o país também enfrenta um quadro de inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.
De acordo com o MoneYou, a combinação de inflação menor e cenário externo positivo ajudou, de forma geral, no fechamento de taxas reais de juros mais baixas.
Quarto corte seguido de juros
Nesta quarta-feira, o Copom anunciou um novo corte da taxa básica de juros, de 0,50 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 11,75% ao ano.
Esse foi o quarto corte consecutivo da taxa básica por parte do colegiado, após a Selic ter se mantido em 13,75% ao ano durante cerca de um ano.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira seguiu na 6ª posição. Veja abaixo:
Argentina: 133%
Turquia: 40%
Hungria: 13%
Colômbia: 13,25%
Rússia: 15%
Brasil: 11,75%
México: 11,25%
Chile: 9%
África do Sul: 8,25%
República Checa: 7%
Filipinas: 6,50%
Indonésia: 6%
Polônia: 5,75%
Hong Kong: 5,75%
Estados Unidos: 5,50%
Nova Zelândia: 5,50%
Índia: 5,40%
Reino Unido: 5,25%
Canadá: 5%
Israel: 4,75%
Alemanha: 4,50%
Áustria: 4,50%
Espanha: 4,50%
Grécia: 4,50%
Holanda: 4,50%
Portugal: 4,50%
Suécia: 4,50%
Bélgica: 4,50%
França: 4,50%
Itália: 4,50%
China: 4,35%
Austrália: 4,35%
Singapura: 3,90%
Dinamarca: 3,60%
Coreia do Sul: 3,50%
Malásia: 3%
Tailândia: 2,41%
Taiwan: 1,88%
Japão: -0,10%
Suíça: -0,75%
Fonte: G1