Consumo de energia aumentou 3,7% em 2023, com ondas de calor e aumento da atividade econômica




Residências e pequenas empresas consumiram 2,5% a mais de energia do que em 2022. Uso de equipamentos de refrigeração por conta do calor é o principal motivo do aumento. O consumo de energia elétrica aumentou 3,7% em 2023, na comparação com o ano anterior. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e foram divulgados nesta quinta-feira (1º).
Segundo a CCEE, a alta foi impulsionada pelas ondas de calor e o aumento no mercado livre de energia – onde estão grandes empresas, que podem negociar a compra de energia direto com o comercializador ou produtor.
“As ondas de calor que atravessaram o país no segundo semestre e o bom desempenho de alguns setores da economia foram os principais fatores para o aumento”, diz a CCEE em nota.
O consumo residencial e de pequenas empresas aumentou 2,5%. Nesse mercado, chamado de “cativo”, as pessoas e as empresas só podem comprar energia da distribuidora local.
“O uso mais intenso de eletrodomésticos como ventiladores e ar-condicionado alavancou a demanda, especialmente nos últimos meses do ano, quando as temperaturas bateram recorde em boa parte do país”, afirma a Câmara de Comercialização.
Consumo de energia com ventiladores e ar-condicionado aumentou especialmente no fim do ano.
Freepik/Rorozoa
No mercado livre, o aumento no consumo foi de 5,9%, puxado pelo desempenho de setores como metalurgia, serviços e comércio. A CCEE também aponta que migração do mercado cativo para o mercado livre influenciou o resultado.
De acordo com a entidade, o crescimento de consumo no mercado livre está associado aos seguintes fatores:
maior atividade em alguns setores produtivos;
novas empresas aderindo ao mercado livre;
impacto do calor em setores como comércio e serviços, que também precisaram usar mais os equipamentos de refrigeração.
Calor excessivo antecipa pico de consumo de energia no Brasil
Recordes sucessivos
O aumento da demanda por energia já havia sido sinalizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em seus relatórios diários.
Em novembro, a onda de calor que atingiu a maior parte do Brasil fez com que a demanda por energia batesse recordes consecutivos, atingindo mais de 101 GW (gigawatts) em momentos de pico.
Com a onda de calor, houve maior demanda por energia, com uso de ares-condicionados, ventiladores e outros eletrodomésticos, por exemplo.
Ondas de calor são comuns no período de transição entre a primavera e o verão. No entanto, na avaliação de especialistas, o fenômeno climático El Niño e o aquecimento global intensificaram o aumento nas temperaturas.




Fonte: G1

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