Dólar abre em alta, esperando dados da semana de inflação nos EUA e Brasil; Ibovespa tem queda




Na sexta-feira, o principal índice de ações da bolsa de valores avançou 0,61%, aos 132.023 pontos. Já a moeda norte-americana recuou 0,73%, cotada a R$ 4,8718. Imagem ilustrativa sobre a alta do dólar e o mercado de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O dólar abriu a semana em alta nesta segunda-feira (8), esperando dados de inflação americana após uma moderação nas apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2024. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, opera em queda.
Também nesta semana, saem os preços no Brasil em dezembro, medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa é de que o ano tenha fechado dentro da meta de inflação, o que ajuda a manter o ritmo de corte de juros pelo Banco Central.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 11h10, o dólar operava em alta de 0,33%, cotado a R$ 4,8878. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,73%, cotado a R$ 4,8718. Assim, o dólar encerrou a primeira semana de 2024 com alta acumulada de 0,40%.
No ano de 2023, porém, terminou o ano com recuo de 8,06%. A máxima histórica da moeda americana foi em 13 de maio de 2020, quando custava R$ 5,9007. De lá para cá, já acumula queda de quase 18%.
Veja o balanço final de 2023 abaixo.
queda de 0,17% na semana;
recuo de 1,28% no mês;
perda de 8,06% no ano.

Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 0,51%, aos 131.344 pontos.
Na sexta-feira, o índice teve alta de 0,61%, aos 132.023 pontos. Assim, encerrou a primeira semana de 2024 com recuo acumulado de 1,61%.
No ano passado, a bolsa fechou com ganho de mais de 22,28%. Em termos anuais, este é o melhor resultado desde 2019, quando o índice teve alta acumulada de 31,58%.
Veja o balanço final de 2023 abaixo.
alta de 1,08% na semana;
ganho de 5,38% no mês;
alta de 22,28% no ano.

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O que movimentou os mercados?
A tônica da semana será dada por dados de inflação, tanto nos Estados Unidos, como no Brasil. O índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) está previsto para quinta-feira e será olhado com atenção para desvendar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) na política monetária.
“Juros sobem levemente e dólar segue recuperando as perdas do fim de 2023, especialmente ante as moedas de exportadores de commodities, que têm dia negativo. Destaque para o petróleo, que sente o corte dos preços de venda do barril pela Arábia”, diz Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Na semana passada, o relatório de emprego não agrícola dos EUA (“payroll”) veio acima do esperado pelo mercado em dezembro. Além de mais vagas, também aumentaram os salários em um ritmo sólido.
Para Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, o dado pode ter servido como um “balde de água fria” para quem precificava um corte de juros na reunião de março do Fed, mas não deve sinalizar uma mudança de cenário.
“O mercado de trabalho segue aquecido, mas essa revisão mostra que de fato temos uma perda importante de dinamismo ainda que gradual, mostrado pela manutenção do desemprego em 3,7%”, afirma.
O novo dado de inflação deve ser um bom norte para essa análise, pois pode afastar ou aproximar o primeiro corte de juros nos EUA.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra se o país conseguiu manter a inflação dentro do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25% e teto em 4,75%.
No boletim Focus desta semana, os economistas do mercado financeiro elevaram a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 de 1,52% para 1,59%. Os números mostram desaceleração, já que a projeção para 2023 é de uma expansão de cerca de 3%.
Já para 2025, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu em 2%.
A expectativa do mercado para a inflação oficial de 2024 permaneceu estável em 3,90%. Com isso, a estimativa se mantém abaixo do teto da meta do ano, de 3% com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a projeção seguiu estável em 8,5% ao ano.




Fonte: G1

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