Dólar abre em leve queda, à espera de dados de emprego nos EUA




Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,45%, cotada a R$ 4,9151. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,57%, aos 128.481 pontos. Dólar opera em alta
Karolina Grabowska
O dólar abriu em leve queda nesta sexta-feira (2), com o mercado à espera de novos dados de emprego nos Estados Unidos.
Os investidores também seguem repercutindo as decisões da última quarta-feira (31) sobre os juros no Brasil e nos EUA.
Além disso, no cenário doméstico, dados da indústria brasileira divulgados na manhã de hoje surpreenderam positivamente.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 9h04, o dólar operava em queda de 0,03%, cotado a R$ 4,9138. Veja mais cotações.
Ontem, a moeda norte-americana recou 0,45%, cotada a R$ 4,9151. Com o resultado, acumulou:
alta de 0,09% na semana;
queda de 0,45% no mês;
e ganho de 1,29% no ano.

Ibovespa
Já o Ibovespa fechou em alta de 0,57% na véspera, aos 128.481 pontos. Com o resultado, acumulou:
recuo de 0,38% na semana;
alta de 0,57% no mês;
e queda de 4,25% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
A principal divulgação desta sexta-feira (2) será relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, referente a janeiro. O mercado continua de olho na força do mercado de trabalho para alinhar expectativas sobre o rumo dos juros norte-americanos.
“Uma performance sólida no payroll pode reforçar o otimismo no mercado, embora seja considerado o grande desafio do momento devido à sua capacidade de influenciar expectativas sobre a política monetária americana”, explica Carlos Honorato, professor da FIA Business School.
Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidiu mais uma vez manter os juros do país na faixa de 5,25% e 5,50%, ao ano. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001. A decisão já era esperada pelo mercado.
No entanto, as falas de Jerome Powell depois da reunião ficaram com o destaque. O presidente do Fed disse que a instituição não trabalha com o cenário de corte de juros em março, reafirmando que isso é improvável.
“Essa acabou por ser a frase fundamental do seu comunicado e o mercado reagiu a esse comentário, com as probabilidades de cortes em março passando de mais de 50% para cerca de 35%”, pontua José Maria Silva, coordenador de Alocação e Inteligência da Avenue.
Juros ainda elevados preocupam o mercado porque encarecem os processos de tomada de crédito para pessoas e empresas, o que pode reduzir o consumo e elevar a inadimplência. Neste cenário, o maior receio é que os Estados Unidos passem por uma recessão econômica em 2024.
Ainda no exterior, o mercado segue atento às notícias sobre o sistema bancário norte-americano e na agenda de indicadores.
Na quarta-feira, o New York Community Bank (NYCB), que comprou parte do Signature Bank em um acordo de US$ 2,7 bilhões no ano passado, quando a instituição marcou a terceira maior falência da história dos EUA, reportou um resultado abaixo das estimativas do mercado.
O cenário, segundo especialistas, voltou a levantar preocupações com os bancos regionais do país. As ações do NYCB recuaram mais de 11% na quinta-feira.
Já no Brasil, na quarta-feira, o Copom reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 11,25% ao ano, ao menor patamar em dois anos, dentro do que era esperado. O Comitê sinalizou também que trabalha com um cenário de reduções de mesma magnitude em suas próximas reuniões.
Ainda na agenda doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira que a produção industrial brasileira subiu 1,1% em dezembro na comparação com o mês anterior, surpreendendo positivamente.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 1,0%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,3% na variação mensal e de 0,1% na base anual.




Fonte: G1

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