Dólar abre em queda, à espera dos dados de emprego nos EUA
No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 1,53%, cotada a R$ 5,1134. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou em alta de 0,95%, aos 127.122 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar abriu em baixa nesta sexta-feira (3), enquanto investidores aguardam a divulgação de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Esses números são observados com atenção porque podem ser determinantes para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em relação aos cenários de juros do país.
Há expectativa que a instituição comece a cortar as taxas no segundo semestre, a depender do rumo da inflação e da atividade econômica – inclusive dados de emprego.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 9h, o dólar caía 0,04%, cotado a R$ 5,1113. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 1,53%, vendida a R$ 5,1134. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,1003.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,06% na semana;
recuo de 1,53% no mês;
ganho de 5,38% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve uma alta de 0,95%, aos 127.122 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,47% na semana;
avanço de 0,95% no mês;
perdas de 5,26% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O mercado aguarda a divulgação do relatório de empregos não-agrícolas dos Estados Unidos, conhecido como payroll.
Dados de emprego são observados com atenção na maior economia do mundo porque trazem um panorama de qual tem sido o efeito dos juros altos no país sobre o mercado de trabalho.
Atualmente, as taxas americanas estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em 20 anos, após o Fed optar por mantê-las inalteradas em sua última reunião, na quarta-feira (1°). A instituição, em seu comunicado, enfatizou a cautela com a inflação.
“Nos últimos meses, não houve novos progressos em direção ao objetivo de inflação de 2%”, informou o colegiado, reforçando que os indicadores recentes da economia norte-americana continuaram se expandindo “em um ritmo sólido”.
A inflação anual nos Estados Unidos está estagnada na casa dos 3%, depois de disparar ao longo de 2022 e atingir um nível recorde de 9%. Apesar da queda, o indicador de preços não voltou para dentro da meta do Fed, que é de 2% ao ano.
Portanto, a instituição continua mandando sinais para o mercado de que os juros na maior economia do mundo podem demorar mais para cair. De acordo com a ferramenta FedWatch, que reúne as projeções do mercado para as taxas de juros nos Estados Unidos, um ciclo de corte nas taxas só deve começar em setembro – ou até depois disso.
No entanto, o Fed sinalizou, também, que não planeja novos aumentos para os juros, o que é benéfico para o mercado.
Juros mais altos nos EUA acabam levando investimentos para dentro da maior economia do mundo, o que retira dinheiro de outros mercados, principalmente os emergentes, caso do Brasil. Do contrário, se os juros por lá recuam, a tendência é que o impacto seja positivo por aqui.
Fonte: G1