Dólar abre em queda, à espera dos números de emprego nos EUA
Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,19%, cotada em R$ 5,0501. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira, a B3, encerrou com um avanço de 0,09%, aos 127.428 pontos. Dólar abre em baixa
Karolina Grabowska
O dólar opera em queda nesta sexta-feira (5), enquanto investidores aguardam os resultados do payroll, o mais importante relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 9h10, o dólar operava em queda de 0,18%, cotado a R$ 5,0412. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,19%, cotado a R$ 5,0501.
Com o resultado, acumula:
alta de 0,69% na semana e no mês;
alta de 4,07% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa só opera a partir das 10h.
Na véspera, o índice havia fechado em alta de 0,09%, aos 127.428 pontos.
Com o resultado, acumula:
queda de 0,53% na semana e no mês;
recuo de 5,04% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
No início da semana, o Banco Central realizou um leilão adicional de swap cambial no valor de US$ 1 bilhão. Essa foi a primeira intervenção sem fins de rolagem da autarquia no mercado de câmbio desde o final de 2022.
Apesar da justificativa do BC, de que se tratava de um leilão para garantir liquidez para pagar o vencimento de títulos em dólar, parte dos analistas ainda atribui a ação apenas ao fato de a moeda americana ter saltado 0,86% na última segunda-feira, ao maior valor de fechamento desde 13 de outubro do ano passado.
Falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também ficaram no radar nesta semana. Na quarta-feira (3), o presidente da instituição, Jerome Powell, reiterou que há tempo para deliberar sobre seu primeiro corte na taxa básica de juros do país, dada a força da economia e as recentes leituras de inflação elevada.
Os dados são mistos, entre bastante força e pontos de alívio da economia americana. Na quarta-feira (3), o relatório ADP mostrou que a abertura de vagas no setor privado dos Estados Unidos superou as expectativas em março, apontando para a continuidade da força do mercado de trabalho.
Foram abertas 184 mil vagas no mês, depois de 155 mil em fevereiro. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 148 mil vagas no mês passado, contra 140 mil relatadas antes da revisão em fevereiro.
Já na quinta-feira (4), o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou mais do que o esperado na semana, sinal de que condições do mercado de trabalho estão se afrouxando.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9 mil na semana encerrada em 30 de março, para 221 mil em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam 214 mil pedidos na última semana.
Operadores estão precificando uma chance de 62% de o Fed cortar os juros em 0,25 pontos percentuais em junho, e veem mais duas reduções em 2024, de acordo com a ferramenta FedWatch do CMEGroup.
No Brasil, a agenda foi de poucos dados relevantes. A produção industrial (PIM), do IBGE, registrou queda de 0,3% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 5%.
As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,3% na variação mensal e de 5,6% na base anual.
No noticiário corporativo, as atenções ficaram voltadas para a Petrobras, após surgirem no mercado novos rumores de que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, pode ser demitido da companhia e substituído pelo atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Apesar disso, o governo Lula resolveu pagar parte dos dividendos da Petrobras, tema que foi alvo de crise com Prates. Segundo o blog da Julia Duailibi metade dos dividendos serão pagos, valor em torno de R$ 20 bilhões.
Fonte: G1