Dólar opera em baixa, com inflação nos EUA no radar




No dia anterior moeda norte-americana subiu 0,02%, cotada a R$ 4,9756. Já o principal índice acionário da B3 encerrou com um avanço de 0,26%, aos 128.006 pontos. Dólar opera em baixa
Karolina Grabowska
O dólar opera em baixa nesta quinta-feira (14) após a divulgação dos dados mais recentes de inflação aos produtores nos Estados Unidos.
O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,6% em fevereiro, contra expectativas de alta de 0,3% e mostrando uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,3%.
Esses números são bastantes observados porque trazem uma perspectiva de como os preços aos consumidores devem se comportar, já que se ocorre aumento nos preços aos produtores, isso tende a ser repassado na ponta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 09h40, o dólar caía 0,37%, cotado a R$ 4,9573. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,02%, cotado a R$ 4,9756.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,12% na semana;
ganho de 0,06% no mês;
e avanço de 2,54% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve alta de 0,26%, aos 128.006 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,47% na semana;
recuo de 1,05% no mês;
e baixa de 4,86% no ano.

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No exterior, os investidores repercutem a inflação ao produtor nos Estados Unidos, que veio acima das expectativas, com uma alta mensal de 0,6%. Já no acumulado em 12 meses, os preços subiram 1,6%, contra projeção de 1,1%.
Apesar dos números acima do esperado, o mercado ainda mantém no radar a inflação ao consumidor, divulgada na terça, que subiu 0,4% em fevereiro, em linha com as projeções.
Com sinais de uma inflação mais controladora, as perspectivas são de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) possa iniciar um ciclo de corte nas taxas de juros ainda no primeiro semestre. Atualmente, as taxas estão na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.
O mercado enxerga uma chance de 66% de que o primeiro corte ocorra em junho, segundo a ferramenta CME FedWatch.
Ainda no exterior, na Europa, Yannis Stournaras, presidente do Banco Central da Grécia e membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), disse que a instituição pode realizar até dois cortes de juros nas taxas de juros da zona do euro ainda no primeiro semestre.
Ontem, o presidente do BC da Letônia e membro do BCE, Martins Kazaks, já havia dito que o ciclo de cortes nas taxas no bloco devem começar em breve, caso a inflação continue dentro das expectativas da instituição.
Perspectivas de juros mais baixos, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, beneficiam os ativos de risco, como os mercados de ações e as moedas de países emergentes, porque a tendência é de rendimentos mais baixos nos títulos públicos dos países desenvolvidos e considerados mais seguros.
No Brasil, o destaque da agenda econômica são os dados de vendas no varejo. Em janeiro, o comércio varejista cresceu 2,5% em relação a dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado em 12 meses, a alta foi de 1,8%.
O resultado veio bem acima das expectativas do mercado, que esperava uma alta bem mais modesta, de 0,2%.
*Com informações da agência de notícias Reuters




Fonte: G1

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