Fã da Madonna viaja 800 km para ver show da cantora e praia pela primeira vez na vida: 'Like a Virgin'
Jovem Marcelo Dário, de 22 anos, morador de Bauru (SP), pretende viver um dia de ‘primeiras vezes’ no último show da turnê que celebra os 40 anos de carreira da artista. Conheça também a história do casal de amigos Humberto Lopes e Marcela Rosas, os ‘ratos de festivais’. Jovem vai aproveitar show da Madonna para conhecer praia pela primeira vez
Arquivo Pessoal
Embalado pelo icônico álbum “Like a Virgin”, o jovem Marcelo Dário, de 22 anos, pretende viver um dia de “primeiras vezes” neste sábado (4).
📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp
Fã da cantora Madonna, o morador de Bauru, no interior de SP, viajará mais de 800 km para chegar ao Rio de Janeiro, onde pretende vivenciar pela primeira vez não só uma apresentação da Rainha do pop, mas também conhecer o mar, justamente em uma das praias mais emblemáticas do país: Copacabana.
A jornada de 10 horas de viagem de ônibus em uma excursão, que sai na noite desta sexta-feira (3), com paradas em mais de 10 cidades do interior de SP, não é nada perto dos 22 anos de vida de expectativa por sua primeira vez na praia.
Apaixonado pela cantora, jovem de Bauru vive expectativa pelo show da Madonna
Arquivo Pessoal
O jovem ainda custa acreditar que viverá esse momento ao lado da sua diva, na turnê que celebra os 40 anos de carreira daquela considerada por muitos a maior cantora pop da história.
“Jamais imaginaria que minha primeira vez indo numa praia fosse ser logo em Copacabana, no meu primeiro show da Madonna, na minha primeira ida ao Rio e na minha primeira vez vendo o mar”, conta.
Colecionador de álbuns e fotos, o jovem guarda um acervo que traduz bem a devoção pela cantora, que já tinha 43 anos quando ele nasceu. Segundo Marcelo, ele foi apresentado ao mundo do pop por artistas mais novas, como Lady Gaga e Katy Perry, mas tudo mudou ao descobrir a discografia da Madonna.
“Sempre acompanhei o pop desde pequeno, mas depois de mergulhar na carreira da Madonna tudo mudou. Descobri a importância dela para o mundo da música e como ela criou padrões e tendências que influenciaram várias gerações de artistas que todos amamos”, revela.
Jovem de Bauru guarda coleção com álbuns da Madonna
Arquivo Pessoal
Para além das tendências musicais e artísticas, o fã inconteste da cantora americana também ressalta a influência dela nas discussões sobre liberdade sexual e direitos civis. Como homem gay, Marcelo tem certeza que o mundo teria sido ainda mais difícil para a comunidade LGBTQIAPN+ se não existisse Madonna nos anos de 1980 e 1990.
“É incrível o impacto social dela enquanto aliada da comunidade queer no momento em que mais foi preciso, nos anos 1980 e 1990, sempre se posicionando em prol da liberdade sexual, política e dos direitos civis que todos devemos ter independente de nossas particularidades”, pontua.
Nem a multidão que deve ultrapassar 1,5 milhão de pessoas e lotar a praia de Copacabana é capaz de assustar Marcelo, que vive a ansiedade pelo momento.
Como na música “Like a Virgin”, ele assume que o “medo está desaparecendo rapidamente” (My fear is fading fast) e que tem certeza que a rainha do Pop esteve “guardando tudo isso” para ele (Been saving it all for you).
“Nunca fui ao Rio de Janeiro, nem à praia. Então vai ser uma experiência única, like a virgin”, confessa.
Marcelo Dário irá para praia pela primeira vez na apresentação da Madonna em Copacabana
Arquivo Pessoal
‘Ratos de festivais’
Se por um lado muitos estarão vivendo sua primeira vez em um show internacional; por outro, há quem não perca um evento com divas pop. É o caso dos jovens Humberto Lopes e Marcela Rosas, de 24 e 27 anos, respectivamente.
Sabe aquela expressão que usamos quando uma pessoa ama ir à praia, e não sai da areia e do mar? Isso mesmo, “rato de praia”. O casal de amigos, que assim como Marcelo, também é de Bauru, no interior de SP, se considera “ratos de festivais”.
Os amigos de Bauru (SP) são fãs da cantora Madonna
Arquivo Pessoal
A lista de shows do jornalista Humberto, por exemplo, inclui nomes como RBD (2006), One Direction (2014), Avril Lavigne (2014), Lollapalooza Brasil (2014, 2015, 2016, 2017, 2022 e 2023), Primavera Sound (2022), Katy Perry (2015), Rock In Rio (2022), Dua Lipa (2022) e Taylor Swift (2023).
Apesar da extensa experiência em eventos com grandes artistas internacionais, Humberto garante que o cenário é outro desta vez. Segundo a prefeitura do Rio de Janeiro, o público esperado é de ao menos 1,5 milhão de pessoas para aquele que deve ser o maior show da carreira da Madonna.
“Eu sou um pouco ‘rato de festival’, então estou um pouco treinado, mas sei que lá vai ser algo novo, até pela proporção e significado que tem comemorar a carreira de uma das maiores artistas vivas da nossa geração, e gratuito ainda. Sei que vai ser algo bem maior do que os outros eventos que já fui”, revela o jornalista.
Os dois amigos, que estiveram juntos no Primavera Sound, vão realizar um “bate e volta”, saindo de Bauru na noite desta sexta-feira, às 22h, com previsão de chegada na tarde de sábado (4), no Rio de Janeiro, retornando para casa logo após o show.
“Acredito que estar em companhia ajuda muito com a multidão, vou com amigos que já conhecem o Rio e também já coletei algumas dicas até de quem já foi no famoso Réveillon de Copacabana para me preparar. Será com certeza um evento histórico e emocionante”, revela Marcela sobre a preparação.
A performance de Madonna no último show da turnê “The Celebration Tour” será dividida em sete atos, com 26 músicas principais (com direito a citações de outras canções no decorrer delas) e várias vinhetas com mais trechos de outros hits. Como todo fã, Humberto passou os últimos dias destrinchando cada faixa dos 14 álbuns de estúdio lançados pela cantora ao longo da carreira.
“A ansiedade e expectativa só crescem a cada dia, estamos trocando figurinhas e memes sobre o show e escutando novamente todas as faixas da playlist da turnê”, confessa.
Humberto Lopes se considera um “rato de festival” e está ansioso por show da Madonna
Arquivo Pessoal
Esta será a quarta passagem de Madonna para shows no Brasil. A última foi há 12 anos, em 2012, com a turnê “MDNA”. À época, Marcela e Humberto, apesar de já fãs da cantora, eram menores de idade e não puderam comparecer. O que um dia foi tristeza, hoje é alegria por saberem que a “primeira vez” deles será histórica.
“Agora sinto que é a realização de um sonho e também um momento histórico que vou mencionar por muitos e muitos anos. Me imagino daqui 20 anos contando que estive lá, na orla de Copacabana, para ver Madonna encerrar a The Celebration Tour, no Brasil”, pontua Marcela.
Jovem de Bauru vive expectativa por acompanhar mais um show internacional com apresentação de Madonna
Arquivo Pessoal
Responsável por representar um sopro de liberdade e transgressão à norma ao longo da carreira, Humberto garante que Madonna teve influência na sua identificação como homem gay e que ela carrega muito mais do que apenas o título de Rainha do pop.
“Eu acompanhava muito na infância e, como um homem gay, ter a referência da Madonna na TV foi muito importante no meu processo de amor próprio e entender quem eu era, e também lutar contra preconceito”, revela.
“É até engraçado dizer isso da Rainha do Pop, mas no quesito transgredir o que era ‘norma’ e os preconceitos, a Madonna é bem rock n’ roll. Ela sempre teve essa postura que eu admirava e pensava: ‘ela é gigante demais’. Até por isso seria um erro meu perder esse momento”, conta.
Amigos de Bauru farão bate e volta para show da Madonna
Arquivo Pessoal
Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília.
Confira mais notícias do centro-oeste paulista:
Fonte: G1