Hospital das Clínicas de Botucatu realiza primeira captação múltipla de órgãos de 2024
Procedimento foi realizado em parceira com o Instituto do Coração (InCor) e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), na tarde desta terça-feira (9). Hospital das Clínicas de Botucatu realiza primeira captação múltipla de órgãos de 2024
Reprodução/HCFMB
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) realizou, na tarde desta terça-feira (9), a primeira captação múltipla de órgãos de um único doador, de 2024.
Segundo a equipe médica, a ação só foi possível por causa da solidariedade da família do doador, diagnosticado com morte cerebral, que autorizou a doação de córneas, rins, pulmões, fígado e coração.
“Agradecemos principalmente pelo aceite da família, que trouxe de volta a esperança de uma vida melhor para os pacientes que aguardavam na fila por um órgão”, salientou Dr. Laércio Stefano, coordenador médico da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HCFMB.
O coração foi transplantado em um paciente do Hospital das Clínicas de Botucatu (SP). Já os rins e córneas foram captados e ofertados pelas equipes do HCFMB aos centros transplantadores.
Os pulmões e fígados foram captados, respectivamente, pelas equipes do Instituto do Coração (InCor) e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP) e destinados a pacientes das instituições.
Equipe do Instituto do Coração (InCor) participou da capacitação múltipla de órgãos no Hospital das Clínicas de Botucatu (SP)
Reprodução/HCFMB
Segundo a administração do HCFMB, os pacientes que passaram pelo procedimento estão estáveis.
“O ‘sim’ da família foi fundamental para que eu pudesse continuar vivendo. Já me sinto grata e feliz com um novo coração”, relatou uma das pacientes que recebeu um dos órgãos.
Seja um doador
Segundo o Ministério da Saúde, a melhor maneira de garantir que você seja um doador de órgãos é avisar a família sobre o desejo.
Na maioria das vezes, os familiares atendem a esse pedido, por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais. Não é preciso registrar a intenção de ser doador em cartórios, nem informar em documentos o desejo de doar.
Além da afirmação da família, o paciente doador necessita preencher os seguintes requisitos:
Ter identificação e registro hospitalar;
Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
Não apresentar hipotermia, hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do sistema nervoso central;
Passar exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral.
Ter morte encefálica comprovada, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral.
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Fonte: G1