Número de apartamentos cresce mais de 100% em 12 anos em cidades do interior de SP
Cidades como Bauru, Sorocaba, Jundiaí e São José do Rio Preto (SP), que estão entre os 20 municípios mais populosos do estado de SP, ganharam, juntas, 104.905 novos apartamentos em um período de 12 anos. Vista aérea de Bauru (SP)
Reprodução/TV TEM
O interior de São Paulo está se tornando cada vez mais vertical. É o que mostram os dados do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Cidades como Bauru, Sorocaba, Jundiaí e São José do Rio Preto (SP), que estão entre os 20 municípios mais populosos do estado de SP, ganharam, juntas, 104.905 novos apartamentos em um período de 12 anos – o que corresponde a uma média de 8,7 mil novos apartamentos por ano.
Bauru, Sorocaba e Jundiaí acumulam altas superiores a 100%. Segundo o Censo 2022, a quantidade de apartamentos em Bauru cresceu 132,8% em relação a 2010, quando 13.363 residências deste tipo foram contabilizadas. Atualmente, estão registrados 31.115 apartamentos.
Vista aérea da cidade de Jundiaí (SP)
Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
Em Sorocaba, a alta foi ainda mais expressiva. Neste período, mais de 40,2 mil apartamentos foram construídos na cidade, indo de 16.760 para 57.012, uma diferença de 40.252 e representando uma alta de 240%.
Jundiaí também vive os efeitos da verticalização urbana. De acordo com dados do Censo, a cidade recebeu 29.677 apartamentos entre 2010 e 2022. O crescimento deste tipo de imóvel na cidade foi de 146,83%.
A única cidade a não apresentar uma alta superior a 100% foi São José do Rio Preto. O município tinha 21.616 apartamentos em 2010 e agora contabiliza 38.840, uma diferença de 79,6%.
Censo 2022: Pesquisa mostra que cresceu número de apartamentos em Bauru
O que explica a verticalização?
O aumento de moradores em apartamentos é uma tendência que tem atravessado o país nas últimas duas décadas e faz parte de um fenômeno global. O adensamento urbano, ou seja, aumento da população nas grandes cidades, favorece o processo de verticalização.
“Dentro de um apartamento, você tem um condomínio para usufruir disso, segurança, localização. Então, bons lugares com bom condomínio atraem muito”, aponta Fernando Nalin, gerente geral de uma construtora que atua na região de Bauru.
A relação entre o crescimento populacional e a demanda por moradias tem se mostrado um fator determinante para o desenvolvimento das cidades do interior de São Paulo.
Vista de Sorocaba (SP) a partir de um prédio perto da Avenida São Paulo (próximo à Igreja Santo Antônio)
José Neto/Arquivo pessoal
Um levantamento realizado pelo DataZAP em 2023 revelou que Sorocaba, além de ser um dos municípios que mais cresceram (23,35%), liderou os lançamentos imobiliários no período de 2018 a 2022.
Mais de 25 mil unidades de apartamentos foram lançadas na cidade nos últimos cinco anos, com destaque especial para 2022, que registrou mais de cinco mil novas unidades.
“A análise mostra que existe uma correlação significativa entre o crescimento populacional e o mercado imobiliário no interior de São Paulo. Os lançamentos têm acompanhado o perfil demográfico e familiar das localidades analisadas, indicando a importância de compreender as dinâmicas populacionais e as demandas habitacionais”, explica Talita Cruz, analista de inteligência imobiliária da empresa.
Casas ainda são maioria
Apesar do crescimento, os apartamentos ainda são apenas o segundo tipo de domicílio de maior número no Brasil, com 10.767.414 residências do tipo.
Apesar do número baixo em comparação com as casas, a proporção de apartamentos no país avançou mais de 4,1 pontos percentuais em 12 anos, saltando de 8,5% para 12,5%, e cresceu em todas as regiões e todas os estados.
Sorocaba tem 261.545 moradias registradas. Deste total, 77,94% são casas, 21,80% apartamentos e 0,21% cortiços. Já em Jundiaí, dos 183.528 domicílios contabilizados, os apartamentos representam 30,57%. Já as casas são 64,33%.
Em Bauru, o número de casas representa 75,01% total das moradias na cidade. O avanço foi de 10,9% de 2010 a 2022, pulando de 94.653 domicílios para 105.032. Apartamentos representam 22,22% do total de domicílios na cidade.
Em São José do Rio Preto, a proporção de apartamentos também é a menor entre as quatro cidades. Dos 220.173 domicílios, apenas 20,92% são apartamentos; 72,41% são de casa.
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Fonte: G1