Venda de sêmen no mercado brasileiro tem queda de 2,8% em 2023; comercialização para setor de leite aponta alta de 6,44%
Levantamento foi realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea- USP), em Piracicaba (SP), em parceria com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). Touro Demolidor já rendeu R$ 300 mil em lucro na venda de sêmen e está exposto na Expoferr 2023
Caíque Rodrigues/g1 RR
O Brasil registrou a venda de 22,5 milhões de doses de sêmen para pecuárias de corte e de leite em 2023. A marca representa uma queda de 2,8% quando comparado a 2022, quando foram comercializadas 31,1 milhões de doses.
📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba
Os dados são de levantamento mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), em parceria com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
No mercado externo, o Brasil registou uma queda de 0,9% na venda de sêmen. 👇Leia mais detalhes, abaixo.
O motivo da queda, de acordo com o Cepea/Asbia, foi a diminuição de 5,4% das vendas à pecuária de corte entre 2022 e 2023. Uma retratação, entretanto, menor que os 9,33% registrados entre os anos de 2021 e 2022.
“Nos dois últimos anos, criadores nacionais têm enfrentado quedas constantes nos preços de comercialização de animais desmamados, o que, por sua vez, resultou em maior ritmo de descarte de matrizes e, consequente, em descapitalização de parte do setor”, aponta o levantamento.
Vendas de sêmen para o segmento de leite, segundo o levantamento, houve aumento de 6,44% entre os anos de 2022 e 2023.
Fábio Tito/g1
Pecuária de leite
No caso das vendas de sêmen para o segmento de leite, segundo o levantamento, houve aumento de 6,44% entre os anos de 2022 e 2023.
“Isso se deve ao potencial ritmo de recomposição do plantel de vacas leiteiras, após o descarte exacerbado, em resposta aos consecutivos meses de retração nos preços do leite e à alta nos custos, registrada durante os períodos finais da pandemia”, diz o texto.
Tecnologias de melhoramento genético
O percentual de fêmeas bovinas inseminadas no Brasil, quando levados em conta animais em idade reprodutiva, é de 23,1% para as fêmeas de corte e de 12,3% para o setor de leite.
Segundo o Cepea/Asbia, em comparação, os investimentos em uso de tecnologias de melhoramento genético são “elevados” para a pecuária de corte, porém, “tímidos” no setor de leite.
No mercado externo, o Brasil registou uma queda de 0,9% na venda de sêmen.
Reprodução
Mercado externo
No caso das vendas para mercado externo, o Brasil registou uma queda de 0,9% na venda de sêmen. Os principais clientes seguem sendo os países do Mercosul, entretanto, novas possibilidades vêm surgindo, como a Índia.
Na avaliação do Cepea/Asbia, o uso de tecnologias para o melhoramento genético do rebanho está em expansão no Brasil.
“Quando aplicado de forma técnica e acompanhado de planejamento estratégico adequado, os resultados são positivos tanto nos índices produtivos quanto no financeiro”, aponta o texto.
VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
Fonte: G1